Uma gestão marcada por falta de diálogo, crise na saúde, na educação e no transporte público, além de descaso e desumanidade na realocação dos camelôs para o Shopping Popular. Esta é a avaliação feita pelo deputado federal Zé Neto (PT) sobre os 100 dias da atual administração municipal em Feira de Santana.
A ausência de um Comitê de Crise, formado por representantes da sociedade civil, dos poderes públicos, do setor produtivo e dos trabalhadores para o enfrentamento da pandemia da Covid-19 na cidade é, segundo Zé Neto, “uma necessidade neste momento para superarmos as dificuldades impostas pelo novo coronavírus”. Ele cita como exemplo o BRT, que se tornou uma grande fraude aos olhos da população, quando deveria “fazer a diferença” e melhorar o transporte público coletivo, principalmente diante das circunstâncias.
“Mesmo com investimento superior a R$ 96 milhões, o BRT foi descaracterizado pelo governo municipal e, consequentemente, a redução da frota de ônibus coletivo, no pior momento da pandemia, só fez aumentar a disseminação do vírus nesse meio de transporte, evidenciando a ineficiência do prefeito que não construiu um corredor de tráfego adequado para o sistema de transporte de massa”, afirma.
Sobre os camelôs, Zé Neto atribuiu o impasse à não isenção de altas taxas cobradas pelo Shopping Popular, acordado com a prefeitura, fazendo com que esses trabalhadores informais se tornem “reféns” e “inquilinos” do empreendimento, que foi construído para eles através de uma Parceria Público-Privada (PPP) e não para atender apenas aos interesses comerciais de seu administrador.