O deputado federal Zé Neto falou sobre o Projeto de Decereto Legislativo 330/22, de sua autoria, que trata da importação de amêndoas de cacau, vindas da África, no Programa TVI News, nesta terça-feira (10/01).
“A nova política de importação do Ministério da Agricultura, facilitada e equivocada, deixa de exigir os protocolos sanitários que combate as 5 pragas e que são graves no território africano, podendo assim se disseminar no Brasil, sobretudo na Bahia, onde deveríamos ter um cuidado triplicado, já que a vassoura de bruxa foi um problema que assolou a produção no passado, principalmente no sul do Estado”, pontuou.
O parlamentar reforçou que as amêndoas que vem da África vão baratear o preço do cacau importado, e afetar tanto a parte sanitária, quanto economicamente, pois o cacau que vem de fora vai competir melhor com a produção brasileira, especialmente na região cacaueira da Bahia.
“O que estamos assistindo é prenúncio de um problema, e o nosso objetivo é coibir a importação da forma que foi feita. Nesse novo momento do Governo, já estou marcando uma ida nossa para conversar com o Ministério da Agricultura sobre o Projeto de Decreto Legislativo que reverte essa situação. Nós estamos num processo de evolução da produção cacaueira, especialmente na Bahia, trazer essa competitividade agressiva não é algo que possamos enxergar como saudável. Se não houver essa reestruturação, vamos ficar na mão da produção internacional, e destruir a capacidade produtiva nacional”, explicou Zé Neto.
Ainda sobre o tema, Zé Neto disse: “O que nós temos que fazer é melhorar o fomento, a assistência técnica, ampliar recursos, fazer a CEPLAC ter o tamanho que ela merece. O produtor é o grande aliado da cadeia produtiva, e é uma grande vitória da nossa produção econômica e cultural. É essa a nossa preocupação, por isso, estamos aliados à Associação Nacional de Produtores de Cacau, junto com a presidente Vanuza Barroso, que através de um trabalho consistente, com dedicação e muitos elementos que dão a razoabilidade, que estamos defendendo que o Ministério da Agricultura recue nessa decisão de deixar de exigir a devida vigilância sanitária do cacau importado, para proteger a produção e economia brasileira”, finalizou.